O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, propôs um sistema sob o qual a União Europeia receberia um número fixo de refugiados diretamente de áreas em crise, desestimulando assim a ação dos traficantes de pessoas. Principal destino para aqueles buscando abrigo na Europa, a Alemanha espera receber 800 mil imigrantes neste ano, número que poderia chegar a 1 milhão, e luta para lidar com esse fluxo.
De Maiziere disse que sua “iniciativa pessoal” seria estabelecer cotas “generosas” na UE para levar pessoas de locais em crise e espalhá-los pelo continente europeu. De acordo com a autoridade, se essas cotas forem atingidas ao longo do ano, as pessoas cruzando o Mediterrâneo seriam resgatadas e levadas para “regiões seguras”, mas fora do continente.
A chanceler alemã, Angela Merkel, tem ressaltado que seu país receberá pessoas fugindo de guerras civis e da perseguição, mas que aqueles chegando por razões econômicas devem voltar para casa. Ela disse que não há um limite legal para o número de pedidos de asilo no país.
A República Checa e outras nações, por sua vez, questionam a legalidade de se propor cotas compulsórias para distribuição de refugiados na UE. O ministro do Interior checo, Milan Chovanec, disse que pode ser ilegal, pelas normas da UE, obrigar os países a aceitar essas pessoas e não está claro se os parlamentos nacionais podem bloqueá-las.
Os membros da UE mostram divergências sobre as propostas para dividir 120 mil refugiados pelo bloco. Antes da reunião de quarta-feira dos líderes da UE, ministros das Relações Exteriores de República Checa, Hungria, Polônia e Eslováquia, que se opõem às cotas, se reuniram segunda-feira em Praga com o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, cujo país detém a presidência rotativa da UE. Fonte: Associated Press.