A Rússia bombardeou nesta terça-feira posições do grupo extremista Estado Islâmico na histórica cidade de Palmira, na Síria, em meio a uma extensão de sua campanha aérea em apoio ao governo do presidente sírio Bashar al-Assad.
Os ataques aéreos, relatadas pela mídia estatal síria, ocorreram um dia depois que o diretor-geral de antiguidades e museus da Síria advertiu que Palmira e suas antiguidades de valor inestimável estavam em perigo de destruição completa pelo grupo extremista muçulmano sunita.
Os ataques de hoje tinham como alvo os esconderijos dos militantes e em torno da cidade síria, destruindo 20 veículos blindados, três depósitos de munições e três lançadores de foguetes, disse a agência de notícias. Não houve relatos de qualquer dano nas ruínas antigas de Palmira.
Os ataques aéreos foram coordenados com os militares sírios, de acordo com uma autoridade síria que não quis se identificar.
Ao menos 12 civis foram mortos nos ataques no vale Al Ahmar, no leste de Palmira, de acordo com Khaled, um ativista anti-governo da cidade que está vivendo na Turquia e disse que ele estava em contato com os moradores da região. Este número não pôde ser confirmada de forma independente.
Militantes do Estado Islâmico capturaram a cidade de Palmira em maio e seus mais recentes ataques destruíram tesouros culturais de 2.000 anos, como o Arco do Triunfo, no domingo.
“Se a situação continuar assim, tenho certeza de que vamos perder Palmira em três ou seis meses”, disse Maamoun AbdulKarim, diretor de antiguidades sírias, em Damasco. “Estamos em estado de choque, mais uma vez”, acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.