A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, indicou nesta sexta-feira que não haverá um fim rápido para as sanções econômicas contra a Rússia. Merkel apontou que a retirada dessas medidas depende da implantação completa do chamado acordo de paz de Minsk, celebrado entre Ucrânia e Rússia.
Segundo Merkel, houve progresso para se chegar a um cessar-fogo no leste da Ucrânia entre separatistas pró-Moscou e as forças do governo da Ucrânia, mas a situação não é estável. “A Ucrânia precisa retomar o acesso a suas fronteiras”, afirmou Merkel após uma reunião com o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk. “As sanções contra a Rússia estão ligadas à implementação do acordo de Minsk, algo que temos dito sempre. Se levar mais tempo para implementar o acordo de Minsk, então haverá sanções relacionadas a esse acordo”, disse ela.
O acordo de Minsk foi fechado entre Kiev, Moscou, as forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia em 12 de fevereiro. Ele deve expirar no fim deste ano, enquanto as sanções contra Moscou, que incluem limites em transações nos setores financeiro e de energia, devem expirar ou ser prolongadas no fim de janeiro do próximo ano.
Merkel também disse que a Ucrânia deve manter a trajetória de reformas e luta contra a corrupção. Segundo ela, os laços econômicos próximos entre Kiev e a Europa não são algo dirigido contra a Rússia. A chanceler disse que a luta contra a corrupção e a redução do papel dominante dos oligarcas é crucial para fortalecer os laços econômicos, no momento em que as companhias alemãs querem o mesmo tratamento na Ucrânia que empresas locais e insistem em transparência. Merkel reiterou que um acordo comercial entre a União Europeia e a Ucrânia dará novos incentivos ao país do Leste Europeu. Yatsenyuk se comprometeu a continuar com as reformas econômicas. Fonte: Dow Jones Newswires.