A Volkswagen suspendeu um número maior de engenheiros do que o anteriormente anunciado, tanto do nível executivo quanto no operacional. A decisão foi tomada por recomendação do escritório de advocacia que está realizando uma investigação interna sobre o escândalo envolvendo a montadora, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.
A Volkswagen contratou o escritório de advocacia norte-americano Jones Day, com escritórios na Alemanha, no mês passado para conduzir uma investigação sobre como o software ilegal utilizado para enganar os testes de emissões nos Estados Unidos e na Europa foi instalado em quase 11 milhões de veículos.
O escritório pediu a suspensão de qualquer pessoa que possa ter se envolvido no golpe – de tomadores de decisão de alto nível a engenheiros comuns – para evitar que possíveis culpados possam interferir no inquérito. “Tivemos que suspender todos desta área para tirá-los do caminho do processo”, disse a mesma fonte. “Isso é necessário para a investigação, mas é realmente difícil para nós, porque agora estamos sentindo falta de sua experiência e seu conhecimento profissional.”
Muitos dos trabalhadores da Volkswagen que tenham sido suspensos poderão ser considerados inocentes de qualquer delito e regressar aos seus postos de trabalho, segundo a mesma fonte. É por isso que, além de regras de confidencialidade, a empresa está relutante em publicar os nomes dos suspeitos ou funcionários suspensos. O Jones Day não foi localizado para comentar o assunto.
A Volkswagen admitiu no mês passado que alguns funcionários instalaram um dispositivo no motor diesel EA 189, que é usado em carros e caminhões leves de várias de suas marcas, incluindo a VW, Audi, Skoda e SEAT. O sistema permitiu que carros Volkswagen emitissem menos óxido de nitrogênio em testes de laboratório do que na utilização normal em estradas. Fonte: Dow Jones Newswires.