O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou nesta sexta-feira em suspender todos os voos de companhias russas para o Egito, até que as causas do acidente com a aeronave da Metrojet sejam esclarecidas.
Pedaços do avião foram levados a Moscou, para que sejam realizados testes sobre o possível uso de explosivos durante o voo. O acidente do último sábado deixou todas as 224 pessoas que estavam a bordo mortas.
A suspensão russa, válida para todo o Egito, é ainda mais rígida do que as medidas tomadas pelo Reino Unido, que cancelou os voos apenas para o aeroporto de Sharm el-Sheikh. A decisão de Putin acontece após as declarações dos governos britânico e dos Estados Unidos de que um ataque a bomba poderia ser a causa do acidente.
“Eu acho razoável suspender todos os voos russos para o Egito até que seja determinada a real causa do que aconteceu”, disse o chefe de inteligência de Moscou, Alexander Bortinikov, que sugeriu a medida a Putin. “Trata-se de voos turísticos acima de tudo”, completou.
O ministro de situações de emergência da Rússia, Vladimir Puchkov, disse que pedaços da aeronave da Metrojet já estão em Moscou. “São exemplares de todas as partes do avião onde explosivos poderiam estar. Nós estamos estudando eles”, disse.
O Egito, que ganha milhões de dólares com a indústria do turismo, continua dizendo que não há nada de errado com o aeroporto de Sharm el-Sheikh, porta de entrada para milhares de turistas que visitam o resort na beira do Mar Vermelho. Os governos egípcio e russo também continuam discordando da tese de que o acidente teria sido causado por um ataque a bomba. Fonte: Associated Press