Autoridades turcas prenderam três supostos membros do Estado Islâmico, incluindo um europeu suspeito de ligações com os ataques em Paris, disse neste sábado um funcionário informado sobre o assunto, em meio a uma repressão contra a expansão do grupo extremista.
Ahmad Dahmani, um cidadão belga de origem marroquina com 26 anos de idade, foi detido em uma operação na última segunda-feira em um hotel de luxo em Antalya, disse o oficial turco. O resort localizado no Mediterrâneo recebeu os líderes mundiais para uma cúpula do G20, embora não haja nenhuma indicação de que o evento seria alvo de um ataque.
“Acreditamos que Dahmani estava em contato com os terroristas que perpetraram os ataques de Paris”, acrescentou o funcionário. “A investigação continua.” Autoridades turcas também prenderam dois homens sírios ligados a Dahmani.
A operação vem ao mesmo tempo em que a Turquia e a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico procuram coordenar melhor sua guerra contra o grupo militante, no rescaldo dos ataques de Paris, com o objetivo de aprofundar o compartilhamento de informação de inteligência, enquanto os ataques contra o EI na Síria e no Iraque se intensificam.
O controle do fluxo de combatentes estrangeiros que entram sem identificação na Europa, Oriente Médio e norte da África é considerada uma iniciativa fundamental contra ataques terroristas. Após o último ataque na capital francesa, autoridades americanas e turcas têm destacado a importância de fechar completamente 566 milhas da fronteira da Turquia com a Síria – um trecho longo e de pouca vigilância que tem ajudado o Estado Islâmico a reforçar suas fileiras em territórios que vão muito além daqueles que o grupo comanda.
“A coalizão garantiu vigilância em 85% da fronteira turco-síria, e estamos aumentando a nossa campanha aérea e os esforços no chão, com a Turquia, para ajudar a erguer barreiras nos 15% restantes, o trecho de 70 milhas que o EI ainda controla, fechando assim sua linha de suprimento e de entrada de materiais mais vital”, disse o vice-secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sexta-feira em Istambul.
Durante a noite, seis jatos turcos F-16 e aviões de guerra dos EUA, incluindo quatro F-15, um AC-130 e três drones, bombardearam alvos Estado Islâmico, no apoio a uma ofensiva por militantes turcomanos sírios, que derrubaram a organização jihadista de duas aldeias junto à fronteira com a Turquia. Mais de 70 militantes islâmicos foram mortos na ofensiva, de acordo com a agência de notícias estatal turca Anadolu estatal da Turquia. Fonte: Dow Jones Newswires