Dois quenianos que estão sob custódia policial admitiram ajudar a Inteligência estatal iraniana a planejar ataques contra áreas do Quênia ligadas ao Ocidente, informou neste sábado o chefe de polícia queniano, Joseph Boinnet. Segundo ele, Abubakar Sadiq Louw, de 69 anos, e Yassin e Sambai Juma, de 25 anos, confessaram que atuaram como espiões para a Guarda Revolucionária do Irã.
“Temos provas irrefutáveis de que eles foram recrutados. A missão era montar ataques terroristas não só visando interesses no oeste, mas os nossos interesses também”, afirmou Boinnet. Ele disse que os dois tinham feito várias viagens ao Irã e tinha recebido dinheiro de seus recrutadores para futuros ataques terroristas e para recrutar outras pessoas, incluindo crianças. Ele se recusou a dizer quais eram os alvos ligados ao Ocidente.
As prisões dos dois reforçam o medo de ataques por parte de extremistas islâmicos quenianos. Em abril, 148 pessoas foram mortas quando extremistas atacaram uma faculdade na cidade de Garissa, ao norte, na fronteira com a Somália. Antes, 67 pessoas foram mortas, em setembro de 2013, quando extremistas atacaram um centro comercial em Nairobi, a capital do país. Agentes iranianos são suspeitos de ataques efetuados ou de ataques frustrados em todo o mundo nos últimos anos, incluindo Azerbaijão, Tailândia e Índia. A maior parte tinha conexões com alvos israelenses.
Vários resorts na costa do Quênia são de propriedade israelense. Militantes bombardearam em 2002 um hotel de luxo de propriedade israelense perto de Mombasa, matando 13 pessoas. Eles também tentaram derrubar um avião israelense ao mesmo tempo. Em junho de 2013, um tribunal queniano condenou dois cidadãos iranianos por terem planejado ataques contra alvos ocidentais no Quênia. Ahmad Mohammad Abolfathi e Sayed Mansour Mousaviwere foram presos em junho de 2012 e levados às autoridades. Fonte: Associated Press.