Os ataques aéreos provavelmente promovidos pela Rússia hoje na Síria atingiram também a província de Idlib, no noroeste do país, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos e o Comitê de Coordenação Local do país. De acordo com o Comitê, um hospital em Idlib foi atingido, além de outros localidades em Saraqib.
O Observatório informou também que um escritório do Partido Islâmico do Turquestão, grupo formado principalmente por combatentes de países asiáticos, foi atingido na cidade de Jisr al-Shughour, assim como uma base do grupo ultraconservador Ahrar al-Sham, na cidade de Saraqib.
Mais cedo, grupos de oposição que atuam no norte do país informaram que ataques aéreos supostamente ordenados pela Rússia deixaram pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos na região. O Observatório disse que os ataques atingiram um movimentado mercado no centro da cidade de Ariha, causando fortes danos em três prédios.
Uma página no Facebook chamada Ariha Today, que noticia os eventos acontecidos na cidade, diz que o número de mortos chega a 40, com mais de 70 feridos. Caso confirmado que o ataque foi promovido pelos aviões russos, será um dos mais letais desde que Moscou começou a atuar na Síria, dois meses atrás.
A Rússia diz que seus ataques têm como alvo o Estado Islâmico e outros grupos denominados genericamente como “terroristas”. Entretanto, países do Ocidente e os principais grupos de oposição da Síria dizem que a maioria dos ataques ocorre no centro e norte do país, onde o Estado Islâmico não tem uma forte presença.
Em Damasco, capital da Síria, o órgão de imprensa oficial do país informou que o presidente Bashar al-Assad está determinado a continuar lutando “contra o terrorismo em todas as suas formas” e que a Síria e seus aliados estão “confiantes de que acabar com os terroristas é o principal passo para trazer estabilidade à região e ao mundo”.
Segundo a agência estatal de notícias da Síria, Sana, os comentários foram feitos por Assad durante um encontro, neste domingo, com Ali Akbar Velayati, um dos principais conselheiros do líder iraniano Aiatolá Ali Khamenei.
A guerra civil na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e quase 1 milhão de feridos desde o começo do levante contra o ditador Bashar al-Assad, em 2011. Fonte: Associated Press.