Internacional

Pequim emite alerta máximo de poluição, fecha escolas e restringe fábricas

Pequim emitiu pela primeira vez nesta segunda-feira um alerta vermelho para a poluição atmosférica, levando ao fechamento de escolas, restringindo fábricas e o tráfego, que irá manter metade dos veículos da cidade fora das estradas.

O alerta vermelho, o mais sério aviso em um sistema de quatro níveis, significa que a cidade está há mais de três dias consecutivos com poluição grave, de acordo com o Instituto de Pesquisa de Proteção Ambiental de Pequim, que emitiu o alerta para “proteger a saúde pública e reduzir os níveis de poluição do ar”.

Os níveis de partículas PM2,5 subiram para 300 microgramas por metro cúbico nesta segunda-feira e é esperado que este nível aumente antes que o ar comece a melhorar com a chegada de uma frente fria na quinta-feira. Este tipo de poluição refere-se a partículas encontradas no ar que são inferiores a 2,5 micrômetros de diâmetro, ou 1/30, a largura média de um cabelo humano. Por causa de seu pequeno tamanho, o PM2,5 – que inclui a poeira, sujeira, fuligem e fumaça – pode atingir profundamente os pulmões e entrar na corrente sanguínea.

Junto com o fechamento de escolas e limitação no tráfego de veículos, que podem circular a cada dois dias de acordo com a número final da placa, uma série de outras restrições procuram reduzir a quantidade de poeira e outras partículas na cidade de 22,5 milhões de pessoas. Segundo as autoridades, mais trens serão colocados em circulação para lidar com o afluxo maior de pessoas.

Embora a poluição na capital tenha melhorado ligeiramente nos primeiros 10 meses do ano, a poluição atmosférica pesada que pode ser vista do espaço obriga regularmente Pequim a suspender as atividades das escolas ao ar livre e fechar rodovias por causa da baixa visibilidade.

Além disso, com o alerta no nível máximo, a operação de diversas fábricas será restrita. A maior parte da poluição é culpa de usinas de energia movidas a carvão, juntamente com emissões de veículos e fábricas do setor de construção. A China, maior emissor de carbono do mundo, planeja modificar as usinas de carvão nos próximos cinco anos para combater o problema.

No entanto, enquanto a China estipula regras mais rígidas, mais investimentos em energia solar, eólica e outras energias renováveis, o país ainda depende do carvão para mais de 60% de suas energia. Fonte: Associated Press.

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