Internacional

Mortes em ataques a instalações militares chegam a 87 no Burundi

O número de mortos durante ataques coordenados a instalações militares no Burundi na sexta-feira chegou a 87. A violência no país tem crescido em meio aos confrontos relacionados a um terceiro mandato do presidente Pierre Nkurunziza.

Mais de 150 homens armados invadiram as instalações militares na sexta-feira e 79 deles foram mortos no local, disse o porta-voz do Exército coronel Gaspard Baratuza neste sábado. Oito agentes de segurança, quatro do Exército e quatro da polícia, também morreram nos confrontos. Vinte e um oficiais de segurança ficaram feridos. Baratuza disse que as forças do governo prenderam 45 membros do grupo responsável pelo ataque. Mas o nome do grupo ou dos participantes não foi revelado.

Ainda não se sabe se o número divulgado pelo exército inclui todos os 28 corpos encontrados na manhã de sábado (horário local) nas ruas da capital do Burundi, Bujumbura. Moradores da cidade disseram que as forças de segurança entraram nas casas, arrastando os moradores para fora e atirando neles, alguns com as mãos amarradas atrás das costas.

Um clima de medo tomou conta da capital depois que sons de batalha podiam ser ouvidos durante todo o dia de sexta-feira e durante a noite. Neste sábado, alguns moradores se aventuraram a sair às ruas, mas a maioria ficou em seus bairros.

Centenas de pessoas se opõem ao terceiro mandato do presidente foram presas desde abril, quando foi anunciado que Nkurunziza concorreria a um terceiro mandato, o que provocou meses de protestos de rua violentos e um golpe fracassado. Muitos habitantes do país e a comunidade internacional consideram o terceiro mandato de Nkurunziza inconstitucional e uma violação de um acordo de paz. O tratado pôs fim a uma guerra civil na qual 300 mil pessoas morreram entre 1993 e 2006. Fonte: Associated Press.

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