A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. A agência Dow Jones esclareceu que quem obteve 15,1% dos votos nas primárias do Alasca foi Marco Rubio, não Ted Cruz como havia sido informado no último parágrafo da versão anterior da nota. Segue o texto corrigido:
O senador Ted Cruz obteve uma vitória em seu Estado natal, o Texas, além de conseguir triunfos em Oklahoma e no Alasca. Com as três vitórias durante a chamada “Superterça” de votações primárias nos Estados Unidos, Cruz ganhou fôlego para reivindicar uma posição mais forte para liderar a oposição dentro do Partido Republicano ao empresário Donald Trump, que aparece à frente nas primárias do partido oposicionista.
O maior rival de Cruz na disputa pelo segundo lugar entre os republicanos é o senador Marco Rubio, da Flórida. Rubio obteve sua primeira vitória ontem nas primárias, no caucus de Minnesota. Na Virgínia, porém, Rubio acabou sendo derrotado por Trump.
Em discurso a partidários na Flórida na noite de terça-feira, Rubio prometeu vencer em seu próprio Estado no dia 15. Nas duas semanas até essa disputa, porém, Cruz poderá reivindicar o direito de ser o candidato que mais vitórias obteve contra Trump – agora em quatro Estados, incluindo uma vitória anterior em Iowa.
“Esta é uma grande noite, que transforma a corrida em uma disputa de dois homens”, disse Saul Anuzis, partidário de Cruz e ex-presidente da regional do Partido Republicano no Michigan. “Cruz é a única pessoa que pode desafiar seriamente Trump e todos os outros candidatos têm de tomar uma decisão difícil.”
Mesmo sendo um dos mais duros críticos de Cruz, o senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, viu os resultados da terça-feira como capazes de mudar a trajetória da disputa. Em entrevista à rede CBS, Graham disse que é possível que neste momento a única opção para aqueles contrários a Trump seja apoiar Ted Cruz.
A Superterça trouxe desapontamento para a equipe de Cruz, porque a campanha dele havia investido bastante em vários Estados em que Trump acabou derrotando-o no sul do país. Mas a vitória em Oklahoma foi uma lembrança da força de Cruz entre os eleitores evangélicos. Segundo as pesquisas de boca de urna, 38% dos evangélicos brancos apoiaram Cruz na terça-feira, enquanto apenas 23% dos membros desse grupo apoiaram Trump nesse Estado. Entre os demais Estados, porém, 35% preferiram o bilionário, que ficou à frente dos rivais.
Cruz havia apostado bastante em Oklahoma, investindo tempo e dinheiro antes da votação na primária nesse Estado. Também atacou Trump por aceitar o apoio de David Duke, um líder do grupo racista Ku Klux Klan.
No caso do Texas, havia 155 delegados em jogo na disputa, o maior número na Superterça. Cruz havia chamado o Estado de “joia da coroa” do dia de votação. “Se você não quer ter Donald Trump como indicado, se você não quer dar esta eleição para Hillary Clinton, eu peço que vocês fiquem conosco hoje”, disse Cruz antes de votar em Houston.
No Alasca, Cruz venceu com 36,4% dos votos no caucus, enquanto Trump obteve 33,5% e Rubio, 15,1%. Com esse resultado, Cruz garantiu 12 delegados, Trump ficou com 11 e Rubio, com 5 delegados. Fonte: Dow Jones Newswires.