Eleitores na Eslováquia se dirigiram neste sábado às urnas para participar de eleições parlamentares em que o partido governista anti-imigração é o favorito a obter a maioria dos assentos.
O partido Smer-Social Democrata do primeiro-ministro, Robert Fico, baseou sua campanha em uma plataforma anti-imigração, criticando a Alemanha por abrir as portas aos refugiados do Oriente Médio e alegando que essa política ajudou a fomentar a crise de imigração que agora assola a União Europeia.
Pesquisas recentes apontavam uma vantagem de 20 pontos porcentuais ao Smer em relação ao partido centrista Siet, seguido por outros 20 partidos que concorrem a assentos. Mas para conquistar a maioria no parlamento, Fico pode ter que recorrer a uma coalizão com o Partido Nacional Eslovaco ou outros conservadores moderados e de extrema-direita.
O primeiro-ministro já governou com o Partido Nacional Eslovaco entre 2006 e 2010. A Eslováquia se junta a outros três países da Europa Central – Polônia, República Checa e Hungria – que se opõem a um plano apresentado pela Comissão Europeia, em Bruxelas, para acomodar os imigrantes que chegam à Europa entre os países membros do bloco.
Em eleições realizadas quatro anos atrás, o Smer obteve mais de 44% dos votos e uma maioria absoluta no parlamento. Pesquisas de opinião mostram que o suporte agora ao partido supera 30%, um resultado que exigiria a formação de coalizão para governar.
Se a coalizão se materializar, Fico irá assegurar um terceiro mandato. Caso contrário, seus oponentes podem tentar montar um governo. Assim como outros líderes políticos da Europa Central, o atual premiê eslovaco criticou Bruxelas pelo que chamou de “ditames”, ou políticas de migração que ele alega infringir a soberania dos países membros da União Europeia. Fonte: Dow Jones Newswires.