A Suprema Corte de Israel vetou neste domingo acordo negociado pelo governo para começar a exploração de gás natural. O veto, além de significar uma derrota para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e um consórcio de empresas de energia, dá ao Parlamento um ano para alterar o plano. Passado o prazo, o projeto deixa de existir.
Como razão para derrubar o acordo, o Tribunal cita uma cláusula que impede Israel de fazer mudanças regulatórias significativas nos próximos 10 anos. Argumenta ainda que esta cláusula deveria ser avaliada pelo Parlamento.
Netanyahu fez do acordo um tema central da sua agenda política, afirmando que a exploração do gás poderia trazer autossuficiência energética para o país e bilhões de dólares em receitas fiscais. Os críticos alegam o acordo dá condições excessivamente favoráveis às empresas parceiras do governo.
Netanyahu criticou a decisão da Suprema Corte ao dizer que “ameaça gravemente o desenvolvimento de reservas de gás em Israel” e que o país “é visto como um estado com interferência judicial excessiva e difícil para realizar negócios”. “Certamente ninguém deveria ter motivos para comemorar que o gás permaneça disponível nas profundezas do mar que centenas de milhões de riquezas não cheguem aos cidadãos de Israel”, afirmou.
Pobre em recursos naturais, Israel anunciou a descoberta do gás natural há cerca de cinco anos, em parceria entre Israel e empresas norte-americanas, incluindo a Noble Energy, sediada no Texas, o Grupo Delek, de Israel. Ambas já começaram a extrair algumas reservas. Fonte: Associated Press.