Os danos causados em alguns dos tesouros mais reverenciados da cidade de Palmira podem levar cerca de cinco anos para ser reparados, afirmou o diretor de antiguidades do governo da Síria nesta segunda-feira.
Com o auxílio de ataques aéreos da Rússia, as forças sírias expulsaram militantes da cidade histórica no domingo, na primeira importante vitória do presidente Bashar al-Assad contra o grupo extremista muçulmano sunita.
A cidade sofreu com dez meses de uma ocupação brutal, com bairros residenciais destruídos, a decapitação de um dos mais importantes pesquisadores de antiguidades e danos ao Templo de Baalshamin, de 2 mil anos, e também de parte do Templo de Bel e de três tumbas antigas, uma delas com datação de 44 depois de Cristo.
O diretor de antiguidades do governo, Maamoun Abdulkarim, disse que é possível fazer o restauro das edificações, alguns dos maiores tesouros arqueológicos de todo o Oriente Médio. “Com o apoio da comunidade internacional, nós podemos restaurar as ruínas de Palmira em cinco anos”, disse Abdulkarim.
Muitas das antiguidades da famosa cidade sobreviveram ao ataque do Estado Islâmico sem danos, disse o diretor. Segundo ele, fotografias tiradas recentemente indicavam que mais de 80% da cidade antiga estava em boas condições. “Eu esperava que o estrago fosse 20 vezes pior que isso”, comentou.
As forças sírias e seus aliados reforçaram a ofensiva neste mês para expulsar o Estado Islâmico de Palmira. Alguns dos bairros residenciais da cidade foram quase completamente destruídos, segundo ativistas locais. Fonte: Dow Jones Newswires.