Em meio a protestos, a Grécia retomou nesta sexta-feira a deportação de refugiados e imigrantes de suas ilhas para a Turquia, depois de quatro dias de pausa. Um total de 124 pessoas partiu em dois barcos de Lesbos para um porto próximo no litoral turco.
Antes de o primeiro barco deixar a ilha, quatro ativistas pularam no mar para tentar obstruir a operação, nadando até a frente da embarcação e se agarrando à corrente com a âncora. Eles acabaram detidos pela guarda costeira.
Os imigrantes foram colocados nos barcos por oficiais da agência de proteção da fronteira da União Europeia e levados ao porto de Dikili, onde agentes de saúde e imigração checaram os passageiros em meio a uma forte segurança. Depois das checagens, os imigrantes foram colocados em ônibus escoltados pela polícia.
Um acordo entre a UE e a Turquia entrou em vigor na segunda-feira, quando 202 imigrantes foram levados de volta ao país. Cerca de 4 mil refugiados e imigrantes que chegaram às ilhas gregas a partir da Turquia depois de 20 de março estão sendo mantidos em campos de detenção para serem deportados.
A polícia da Grécia esvaziou o principal porto da ilha de Chios durante a noite, onde muitos imigrantes estavam acampados há uma semana depois de saírem do campo de detenção. Ocorreram conflitos entre a polícia e manifestantes gregos defensores e críticos das deportações.
O grupo de direitos humanos Anistia Internacional afirmou que imigrantes estão sido mantidos “arbitrariamente em condições terríveis” em campos em Chios e Lesbos. “Na beira da Europa, refugiados estão sendo trancados sem luz no fim do túnel”, afirmou o vice-diretor da entidade para a Europa, Gauri van Gulik. Fonte: Associated Press.