Os sírios votam nesta quarta-feira nas áreas controladas pelo governo para eleger um novo Parlamento de 250 membros. A expectativa é que o novo Legislativo avalize as decisões do presidente Bashar al-Assad.
Cerca de 3.500 candidatos aprovados pelo governo competem pelos postos. Mais de 7 mil nomes, porém, foram descartados pelo regime. No início da quarta-feira, Assad e sua mulher, Asma, votaram na Livraria Assad, em Damasco, mas o presidente não deu declarações.
As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos na Síria e o regime de Damasco diz que o voto é constitucional e independe das conversas de paz em Genebra para encerrar uma guerra civil de cinco anos. A oposição, porém, diz que o processo eleitoral contribui para um clima desfavorável para as negociações e ameaça o já frágil cessar-fogo defendido por Estados Unidos e Rússia.
Líderes ocidentais e membros da oposição criticaram a eleição, vista por eles como uma provocação que mina o diálogo pela paz.
Os soldados receberam autorização para votar pela primeira vez no país, no processo conduzido apenas nas áreas controladas pelo governo. Há urnas em 12 das 14 províncias do país, porém Raqqa, no norte, é controlada pelo Estado Islâmico, e a província de Idlib, no noroeste sírio, está sob domínio da Frente Nusra, afiliada à rede Al-Qaeda, e de outras facções insurgentes. O governo não tem presença nessas duas províncias.
A expectativa é que os resultados eleitorais sejam divulgados na quinta-feira.
Na Turquia, uma agência de notícias disse que disparos feitos da Síria atingiram uma área no sul turco, no quarto incidente do tipo em menos de uma semana. Não há notícia sobre feridos. Fonte: Associated Press.