São Paulo chega a 10,6 mil mortes por covid-19; isolamento social cai

Com quase 70% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados e em meio a um processo de reabertura comercial, o Estado de São Paulo registrou neste domingo, 14, mais 113 mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus, fazendo o total de mortos chegar a 10.694. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou mais 5.327 casos confirmados da doença, e agora São Paulo já tem 178.202 pessoas – o equivalente à população inteira de cidades como Itu ou Bragança Paulista.

A taxa de ocupação nas UTIs da Grande São Paulo está em 76,2%, segundo informou, por nota, a Secretaria Estadual da Saúde. "O número de pacientes internados é de 13.982, sendo 8.272 em enfermaria e 5.710 em unidades de terapia intensiva", disse a nota.

Em geral, os fins de semana têm registro menor de novos casos e óbitos. Segundo o governo, isso se deve às dificuldades que algumas prefeituras do interior têm em transmitir as informações aos fins de semana. As 113 mortes registradas neste domingo são o maior número de óbitos, considerando apenas os domingos, desde o começo da pandemia.

Nesta segunda começam a valer novas classificações de segurança dos municípios paulistas no chamado Plano São Paulo, o programa de reabertura comercial do Estado conduzido pela gestão João Doria (PSDB). As regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto, terão restrição total do comércio não essencial. Já as cidades da Grande São Paulo, da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, que estavam em restrição máxima, poderão abrir lojas e shoppings, em um esquema que prevê restrição de horários e lotação dos estabelecimentos.

A doença, entretanto, continua avançando pelo Estado, segundo informa o governo. "Dos 645 municípios do território paulista, houve pelo menos uma pessoa infectada em 579 cidades, sendo 307 com um ou mais óbitos."

<b>Taxa de isolamento social tem queda</b>

Os dados sobre isolamento social divulgados neste domingo, referentes ao sábado, 13, apontam para o fim de semana com o menor índice desde 20 de março, quando a quarentena para tentar combater o coronavírus teve início. O índice foi de 48% no Estado e de 49% na capital. São dados que, até a semana passada, só ocorriam em dias úteis. No sábado passado, a capital teve taxa de 51%. No anterior, dia 30, 52%.

Outros índices, como o monitor <b>Estadão/Inloco</b>, apontam a mesma tendência de redução das taxas, mas em um ritmo mais acelerado. Levando em conta esse índice, a taxa do Estado ficou em 39,9% neste sábado, fechando a semana com os menores índices desde o começo da quarentena. No primeiro domingo da quarentena, em 22 de março, esse indicador chegou a uma taxa de 62,5%.

A disparidade dos índices vem da diferença de origem dos dados. No caso dos números do governo, a base é de dados fornecidos pelas empresas de telefonia, que monitoram a localização dos celulares no Estado a partir das antenas de retransmissão. No caso do monitor Estadão/Inloco, os dados têm como fonte informações obtidas diretamente de sensores presentes nos sinais de GPS e Wi-Fi de aparelhos celulares.

A meta estipulada pelos órgãos de saúde, que o Estado nunca alcançou, era uma taxa de isolamento de 70%.

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