A coalizão opositora que participa das negociações de paz em Genebra declarou que não pode haver solução para o conflito na Síria enquanto Bashar Assad permanecer presidente e pediu que monitores internacionais garantam o cessar-fogo.
O dirigente da coalizão, Riad Hijab, também fez um pedido ao Conselho de Segurança da ONU para que puna aqueles que violarem a trégua. As declarações foram feitas no dia seguinte ao anúncio de suspensão da participação da oposição no diálogo enquanto a violência continuar no país.
Hijab também expressou que é necessário estabelecer um cronograma para uma transição política na Síria e que Assad deve estar excluído deste processo.
“Não pode haver uma solução na Síria se Assad estiver presente no poder”, disse.
Enquanto o processo de paz em Genebra parecia próximo de um colapso, ativistas sírios reportaram que bombardeios contra dois povoados sob domínio de forças opositoras no noroeste da Síria mataram 44 civis. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, cuja sede está na Grã-Bretanha, disse que três crianças estavam entre as vítimas e que o número de mortos certamente aumentará.
O grupo disse que foram bombardeadas as aldeias de Maarat al-Numan e Kafranbel, na província de Idlib. O diretor do observatório, Rami Abdurrahman, disse que os ataques estão entre os mais mortíferos desde que a trégua entrou em vigência no final de fevereiro. Não ficou claro quem realizou o bombardeio.
No entanto, o embaixador russo nas Nações Unidas em Genebra, Alexei Borodavkin, disse que setores extremistas estão dominando a coalizão opositora, sabotando o processo de paz. A Rússia é a maior apoiadora de Assad. “A suspensão da participação nas conversas de paz por parte da oposição síria é prova de que extremistas se apoderaram da delegação”, disse, segundo relato da agência russa Tass. Fonte: Associated Press.