Internacional

Coreia do Norte realiza Congresso, que deve consolidar poder do líder

A Coreia do Norte iniciou nesta sexta-feira seu encontro político de mais alto nível em mais de três décadas, com uma mensagem de desafio nuclear contra os Estados Unidos em sua imprensa estatal. Há, porém, poucas informação sobre o evento realizado pela ditadura comunista.

O primeiro Congresso do Partido dos Trabalhadores desde 1980 deve durar cerca de quatro dias e dar ao ditador Kim Jong Un uma plataforma para consolidar seu poder e confirmar o comando político do país. Há pouca expectativa por qualquer mudança significativa na estratégia do regime de ameaçar os EUA e outros países com armas nucleares.

No congresso em Pyongyang, Kim deve fazer um importante discurso. A imprensa estatal não deu detalhes sobre a reunião e jornalistas estrangeiros convidados para o evento foram mantidos fora do local de reunião. Tampouco foi divulgada uma agenda para o evento.

Observadores da Coreia do Norte dizem que a decisão de Kim de realizar um congresso partidário é uma continuação das movimentações dele para tirar poder dos generais, que haviam ganho influência sob a política de “militares primeiro” do líder anterior, o pai de Kim, Kim Jong Il. Nenhum congresso partidário ocorreu durante o comando de Kim Jong Il no país, entre 1994 e 2011.

No comando atual, dezenas de graduados militares foram retirados de seus postos, porém as Forças Armadas seguem como um instrumento estratégico para o país pressionar outras nações e garantir apoio interno.

O principal jornal norte-coreano, o estatal Rodong Sinmun, elogiou o partido e Kim em sua edição nesta sexta-feira e indicou que não haverá mudanças nas políticas do líder de buscar o crescimento econômico, enquanto enfrenta os EUA elevando as ameaças nucleares. O jornal disse em uma coluna que há uma estratégia de simultaneamente avançar com a construção econômica e com o poderio nuclear, para lidar com os atos dos EUA para isolar e sufocar o país. Segundo o diário, a busca norte-coreana por armas nucleares “não são reconhecidas ou aprovadas por outros”.

Em janeiro, a Coreia do Norte realizou seu quarto teste nuclear e anunciou uma série de avanços difíceis de verificar em sua busca por desenvolver um míssil capaz de atingir o território dos EUA com uma ogiva nuclear. A Coreia do Sul já advertiu que aparentemente o vizinho prepara outro teste nuclear, baseando-se em avaliações de imagens por satélite. Fonte: Dow Jones Newswires.

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