Manifestantes a favor e contra o governo da Venezuela foram às ruas depois que o presidente Nicolás Maduro declarou o país em estado de emergência neste final de semana, em meio a profunda crise do país sul-americano.
O governo culpou as severas secas pelas quedas de energia em toda a Venezuela, o que levou a uma redução das importações e, consequentemente, uma escassez de oferta ainda pior. Em seu último movimento, Maduro ordenou demonstrações militares em caso de uma invasão estrangeira e ameaçou confiscar fábricas fechadas.
Cerca de 70% dos venezuelanos dizem que Maduro, o sucessor escolhido a mão do ex-presidente Hugo Chávez, deve deixar o poder, mas seu vice-presidente negou que ele teria que enfrentar um referendo. Forças de oposição têm tentado forçar Maduro a renunciar, com pouco de sorte, até agora, embora eles dizem que coletaram assinaturas suficientes para iniciar o processo de referendo que pode anular o mandato de Maduro.
No entanto, parece difícil de acreditar que as coisas podem continuar como estão. A queda do preço do petróleo tem penalizado severamente a economia do país, que caiu de 5,7% em 2015 e está previsto para cair ainda mais este ano, apesar de uma recente recuperação do petróleo. Com a inflação em cerca de 180%, o poder de compra da venezuelana foi dizimado, e muitos têm que esperar em longas filas para conseguir alimentos e medicamentos básicos, que muitas vezes estão em falta. Fonte: Dow Jones Newswires.