O governo da França utilizou novamente poderes especiais previstos na Constituição para aprovar uma polêmica lei trabalhista na Assembleia Nacional, após fracassar em angariar os votos de parlamentares socialistas descontentes com o projeto.
O primeiro-ministro Manuel Valls invocou o Artigo 49 da Constituição antes da votação da Câmara dos Deputados, o que significa que a lei é considerada como aprovada pelo Parlamento mesmo sem nunca ter sido votada.
É a segunda vez que Valls utiliza o dispositivo sobre a mesma lei trabalhista, que dá às empresas maiores poderes para contornar sindicatos e negociar diretamente com os funcionários sobre a semana de trabalho.
“Temos o dever de aprovar as reformas que o país precisa”, disse.
Parlamentares de esquerda que se opuseram ao projeto afirmam que Valls e o presidente François Hollande dividiram o Partido Socialista e o país em dois.
“É triste. Um compromisso era possível”, afirmou deputado Laurent Baumel. Fonte: Associated Press.