Aparentemente, o congelamento dos gastos da indústria do petróleo está começando a derreter. A Chevron, a Exxon Mobil e suas parceiras se comprometeram, nesta terça-feira, a tirar do papel um projeto de expansão de US$ 36,8 bilhões no Casaquistão, no maior investimento em novos barris desde o colapso dos preços da commodity, há dois anos.
Na semana passada, a BP afirmou que estava construindo uma nova planta de gás natural, além de infraestrutura associada ao seu projeto Tangguh, na Indonésia. O investimento é de cerca de US$ 8 bilhões. No começo do ano, a petroleira italiana Eni SpA aprovou o desenvolvimento de seu gigantesco campo de gás offshore, Zohr, no Egito, onde se estima que o investimento inicial para o projeto seja de cerca de US$ 4 bilhões.
O anúncio da Chevron é um sinal do aumento da confiança da indústria internacional de que os preços da commodity se estabilizaram e devem subir, de acordo com analistas. O Barclays estimou nesta semana que os preços do Brent devem atingir a média de US$ 57 o barril no próximo ano, em alta na comparação com a estimativa de US$ 44 por barril em 2016.
As companhias de petróleo que investem agora se beneficiam de uma grande queda nos custos de extração que acompanhou o recuo dos preços da commodity. Bombas, válvulas, plataformas, serviços de construção e engenharia e até mesmo a mão-de-obra estão mais baratos porque as companhias que prestam tais serviços têm menos trabalho que nos anos de boom após a crise financeira, quando os preços de petróleo estavam sendo negociados a cerca de US$ 100 o barril.
Estima-se que os primeiros volumes produzidos na expansão do campo do Casaquistão saiam em 2022, fazendo com que a produção da unidade salte dos 800 mil barris diários para 1 milhão de barris por dia.
O Tengiz já um dos campo mais rentáveis na história moderna do petróleo. Alguns analistas estimam que a unidade trouxe mais de US$ 70 bilhões em receitas para a Chevron e US$ 40 bilhões em lucros desde 1993. Fonte: Dow Jones Newswires.