Internacional

Confrontos no Sudão do Sul deixam mais de 100 mortos, dizem médicos

Soldados levaram vários corpos para um hospital em Juba, capital do Sudão do Sul, após violentos confrontos na sexta-feira à noite entre facções rivais do exército, disse um médico neste sábado. Segundo ele, o número total de mortos não estava disponível porque os soldados não estavam permitindo que os médicos examinassem os corpos. Outro médico estimou o número de mortos em 110, entre soldados e civis.

A troca de tiros começou do lado de fora do complexo presidencial, enquanto o presidente Salva Kiir se reunia com o primeiro vice-presidente e ex-líder rebelde Riek Machar, e o confronto logo se espalhou pela cidade. Os ex-rivais emitiram um comunicado conjunto pedindo calma à população.

Também houve troca de tiros perto de uma base da Organização das Nações Unidas (ONU) que abriga mais de 25 mil pessoas. Budbud Chol, responsável pela segurança de uma clínica dentro da base, disse que recebeu cerca de 40 pessoas com ferimentos de tiros, quase todos homens. Segundo ele, muitos foram atingidos no fogo cruzado do lado de fora da base.

Neste sábado, quinto aniversário da independência do Sudão do Sul, as ruas da capital pareciam calmas, segundo moradores. O ministro de Defesa do país, Kuol Manyang Juuk, disse que a situação está relativamente tranquila, de acordo com uma postagem da missão da ONU no tweeter.

“Os líderes do governo estão tentando restabelecer a calma. No entanto, ainda não tiveram sucesso. Um grande número de soldados continua nas ruas”, disse em sua página no Facebook a embaixada dos EUA em Juba.

Algumas entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI) estavam retirando seus funcionários do país. O escritório do FMI foi transferido temporariamente para Nairóbi, no Quênia, disse Philippe Egoume Bossogo, chefe do escritório do Fundo no Sudão do Sul.

A maior parte do corpo diplomático em Juba buscou abrigo no complexo da União Europeia, e a chefe da missão da ONU estava na embaixada americana, disse a porta-voz da missão da ONU, Shantal Persaud. Fonte: Associated Press.

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