O principal líder religioso da Arábia Saudita, Grand Mufti Abdulaziz Al Sheik, rebateu a ofensiva retórica do Irã nesta terça-feira, afirmando que as principais lideranças do país “não são muçulmanas”.
Os comentários acontecem após o aiatolá iraniano Ali Khamenei, acusar autoridades sauditas de matarem muçulmanos durante a peregrinação de hajj, no ano passado.
A escalada da troca de ofensas entre os dois países marca um novo capítulo da rivalidade entre as duas nações, que atualmente estão em lados opostos nos conflitos civis do Iêmen e da Síria, além de apoiar grupos diferentes em outros países da região.
Nos comentários divulgados hoje pelo jornal Makkah, Al Sheik afirmou que as declarações de Khamenei “não surpreendem” porque os iranianos são descendentes de “majuws”, um termo que se refere a zoroastras e aqueles que cultuam o fogo. O zoroastrismo é uma religião monoteísta que precede o cristianismo e o islamismo e que era predominantes na Pérsia antes da conquista árabe.
“Precisamos entender que eles não são muçulmanos, são descendentes dos majuws, e sua inimizade com os muçulmanos, especialmente os sunitas, é bastante antiga”, disse.
Durante a peregrinação de hajj, no ano passado, ao menos 2.426 pessoas foram mortas pisoteadas por um pânico repentino na multidão. O Irã foi o país com mais vítimas, 464. Fonte: Associated Press.