Um funcionário da equipe de transição do presidente eleito Donald Trump disse neste sábado que nem Trump nem as autoridades de transição se encontrariam com a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen, que fez uma parada em Houston durante sua viagem à América Central.
Ainda assim, a viagem de Tsai será monitorada por Pequim para detectar qualquer sinal de que a equipe de Trump faria mais um envolvimento com Taiwan, que possui autonomia mas que a China considera seu território.
Tsai, que partiu de Taipei hoje, prometeu reforçar o perfil internacional de Taiwan quando partiu em uma viagem para reforçar as relações com os aliados diplomáticos na América Central. Falando aos repórteres antes de sua partida, Tsai disse que a viagem a Honduras, Nicarágua, Guatemala e El Salvador “mostrará à sociedade internacional que Taiwan é um parceiro capaz e responsável para cooperação”.
No caminho para a América Central, a presidente taiwanesa fez uma escala em Houston, uma parada que provoca alerta na China. Houve um pedido a Washington para que “se abstenham de enviar qualquer sinal errado às forças independentes taiwanesas” durante a passagem de Tsai pelo país.
Autoridades chinesas se queixaram no mês passado, depois que Trump violou o protocolo diplomático falando ao telefone com a líder taiwanesa. O presidente eleito dos EUA levantou mais preocupações em Pequim quando questionou uma decisão norte-americana, que desde 1979 reconheceu Pequim como o governo da China e mantém apenas relações não-oficiais com Taiwan.
Os legisladores norte-americanos muitas vezes se reúnem com presidentes taiwaneses quando transitam pelos Estados Unidos – a reunião mais recente aconteceu em junho, quando Tsai se reuniu em Miami com o senador Marco Rubio. Fonte: Dow Jones Newswires.