A Rússia e a China vetaram nesta terça-feira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução que tentava impor sanções ao regime da Síria pelo uso de armas químicas no país.
A proposta, que era defendida por Estados Unidos, França e Reino Unido, recebe o voto de nove países. Já o Casaquistão, Etiópia e Egito se abstiveram. Além dos vetos, a Bolívia votou contra. Para serem aprovadas, as propostas precisam de nove votos a favor e nenhum veto.
Após a decisão, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que “a Rússia e a China fizeram uma escolha indefensável, protegendo Assad Bashar al-Assad, presidente da Síria”.
Além disso, ela acrescentou que os EUA vão sancionar indivíduos e entidades sírias nomeados na resolução da ONU e que os EUA trabalharão com os parceiros da União Europeia para aplicar sanções à Síria fora dos regulamentos da ONU.
Mais cedo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que seu país votaria contra as sanções porque a punição não ajudaria no processo de uma negociação pacífica.
A regime sírio foi acusado de usar armas químicas em vários ataques em 2014 e 2015, segundo uma investigação conjunta da ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq). De acordo com os investigadores, o governo usou helicópteros para lançar bombas de cloro em povoados dominados pela oposição.