Os senadores do Partido Republicano dos Estados Unidos avaliam a possibilidade de impor taxas sobre planos de saúde financiados pelos empregadores. A medida enfrentaria grande resistência das empresas e potencialmente elevaria impostos para milhões de pessoas que recebem cobertura do trabalho.
Caso aprovada, a novidade poderia gerar bilhões de dólares em receita, que poderia ser usada para estabilizar o frágil mercado de seguridade individual dos EUA. Mas isso seria politicamente arriscado, já que poderia expandir o impacto das propostas dos republicanos para a saúde dos que participam do Medicaid e compram seguro por conta para aqueles quase 177 milhões que recebem cobertura de suas empresas.
Uma série de congressistas mostra-se aberta à ideia, entre eles o senador Mike Lee, do Utah, disseram assessores. Não há, porém, um consenso sobre a possível inclusão da novidade no projeto de lei discutido nesta semana de recesso congressual.
No âmbito da lei tributária que vigora há tempos, a compensação na forma de seguro-saúde não é tratada como renda para os trabalhadores. Isso significa que as empresas podem deduzir o custo e o valor não está sujeito às taxas sobre a folha de pagamento ou os impostos de renda individuais. Trata-se de um sistema que, segundo economistas, distorce o mercado em favor de pacotes de seguros generosos, mas, como outras isenções fiscais, esta mostra-se popular e difícil de reverter.
Grupos empresariais se opuseram vigorosamente a uma proposta na Câmara dos Representantes que sugeria mudanças nesse ponto. Muitos deputados republicanos mostram-se alarmados com o possível impacto prático e político da mudança.
Os republicanos desejam aprovar a reforma no seguro-saúde aprovada no Senado até o fim deste mês. Fonte: Dow Jones Newswires.