Um total de 59 assembleístas da oposição do Equador apresentaram hoje um pedido de impeachment do vice-presidente Jorge Glas, a quem acusam de não controlar a corrupção em setores estratégico do país que estavam sob sua responsabilidade, incluindo no caso da Odebrecht.
O requerimento deverá ser qualificado pelo Conselho de Administração da Legislatura (CAL), controlado pelo partido da situação, Alianza País, antes de ser enviado para a avaliação da Corte Constitucional.
Glas foi vice do ex-presidente Rafael Correa entre 2013 e 2017, quando foi reeleito para o cargo, e iniciou seu novo mandato no dia 24 de maio, desta vez acompanhado pelo presidente Lenín Moreno.
O assembleísta Roberto Gómez, do partido opositor Creo, apresentou o pedido e destacou que há “uma responsabilidade política, cuja punição… Não é a privação da liberdade, mas a destituição do cargo”.
Soledad Buendía, uma das integrantes do CAL, do partido da situação, disse que esse órgão revisará o pedido e os documentos apresentados.
Desde a campanha presidencial no início deste ano, Glas era apontado pela oposição como suposto responsável por uma rede milionária de corrupção no setor petroleiro, no caso do pagamento de propinas pela Odebrecht, mesmo que não tenham apresentado denúncia formal na justiça. Fonte: Associated Press.