Internacional

Rússia e China criticam possível uso de força militar contra a Coreia do Norte

O vice-embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vladimir Safronkov, afirmou nesta quarta-feira que a força militar não deve ser considerada contra a Coreia do Norte, apesar das recentes ameaças feitas pelo regime de Kim Jong Un. “A possibilidade da medidas militares para resolver os problemas da Península Coreana deve ser excluída”, disse Safronkov.

Durante a reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, o representante de Moscou também pediu que os EUA interrompam a instalação de um sistema de defesa antimísseis (Thaad) em território sul-coreano – o que já vinha sendo pedido pela China. “Expressamos o nosso apoio à ideia de que Pyongyang e Seul se envolvam em diálogo e consultas”, comentou. Para ele, as tentativas de estrangular economicamente a Coreia do Norte são “inaceitáveis” e as sanções não irão resolver o problema.

O embaixador da China nas Nações Unidas, Liu Jieyi, foi no mesmo caminho adotado pela Rússia, ao afirmar que uma ação militar contra o regime de Kim Jong Un “não deve ser uma opção” e repetiu que deseja que todos os lados exerçam restrições. Assim como Moscou, Pequim pediu que o Thaad deixe de ser instalado em solo sul-coreano. Tendo dito isso, Jieyi admitiu que o teste de míssil balístico intercontinental por parte da Coreia do Norte foi “uma flagrante violação” das resoluções da ONU, além de ter sido “inaceitável”.

Os comentários da China e da Rússia contrários a uma ação militar contra a Coreia do Norte foram realizados após a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, ter comentado que o país usará suas “forças militares consideráveis” para defender a si e aos seus aliados, apesar de preferirem usar as relações comerciais para lidar com Pyongyang.

A Casa Branca também se manifestou sobre essa possibilidade. “Eu acho que nós somos bastante consistentes de que nunca iremos transmitir os nossos próximos passos. Estamos explorando essas opções militares contra a Coreia do Norte”, disse a vice-porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckebee Sanders, a bordo do Air Force One, durante a viagem de Trump à Polônia.

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