O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse nesta quarta-feira que respalda a aplicação de sanções específicas contra altos funcionários do governo da Venezuela.
Nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que estava preparado para impor duras sanções econômicas contra a Venezuela, incluindo uma possível proibição de importação do petróleo do país vizinho, caso Maduro prossiga com seus planos de reescrever a Constituição.
Almagro advertiu, porém, que as sanções não devem atingir a população em geral, sob pena de “agravar o sofrimento dos cidadãos”.
“A única ação que vemos que o governo está tomando é a de repressão”, complementou Almagro à subcomitê do Senado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental. “Os cenários que observamos são muito ruins para a Venezuela.”
À medida que aumenta a pressão internacional contra a Assembleia Constituinte planejada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a oposição dentro do país começa a planejar os próximos passos.
Os mais de 20 partidos e organizações que integram a aliança oposicionista da Mesa de Unidade Democrática (MUD) subscreveram um acordo para garantir a governabilidade. A carta conjunta pede ainda que Maduro pare com os planos de fazer a votação para Constituinte em 30 de julho.
Pelo segundo dia consecutivo, ruas e avenidas de Caracas ficaram bloqueadas por barricadas feitas por manifestantes em protesto contra o governo. Para esta quinta-feira, a oposição conclamou a população para uma greve geral contra o governo.
Por sua vez, o ministro da Defesa do país, general Vladimir Padrino López, falou que o país não vai se submeter aos “desígnios” do exterior e que os militares apoiam a reforma constitucional. “A proposta de Trump é uma afronta à independência venezuelana”, atacou. Fonte: Associated Press.