Os angolanos foram às urnas, nesta quarta-feira, para votar pela primeira vez em um novo presidente em quase 40 anos, em meio a uma crise econômica que atingiu o segundo maior produtor de petróleo da África.
Espera-se que João Lourenço, o candidato do partido da situação, Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), vença a eleição, mas o ex-general deve herdar uma economia paralisada pela queda dos preços do petróleo e acusações de corrupção contra autoridades da nação.
Em uma pesquisa conduzida no mês passado, 36% dos entrevistados disseram que votariam no MPLA, mas a alta taxa de abstenção e eleitores indecisos, além das grandes margens da vitória conquistadas em eleições anteriores, significa que os institutos de pesquisa ainda esperam que o partido ainda consiga 61% dos votos – 42 pontos porcentuais de vantagem ante o partido oposicionista mais próximo no levantamento.
Na última eleição, em 2012, o MPLA conquistou 72% dos votos. O candidato do partido que conseguir mais votos automaticamente se torna presidente.
Lourenço prometeu diversificar a economia, criar empregos e melhorar as oportunidades para os jovens. O presidente José Eduardo dos Santos não procura uma reeleição após governar o país desde 1979. Espera-se que os resultados preliminares comecem a ser divulgados nesta sexta-feira.
O dia de eleição foi calmo, mas a oposição denunciou irregularidades antes da votação. Nem a União Europeia nem os Estados Unidos enviaram equipes de observadores para a eleição. Fonte: Associated Press.