Diretor médico da Fifa diz que partidas não devem ser jogadas até setembro

A Fifa continua monitorando a situação da pandemia do novo coronavírus e a maior autoridade médica da entidade não vê boas perspectivas em um futuro próximo com relação à retomada das partidas. O diretor do Comitê Médico, Michel DHooghe, afirmou que o futebol não deve ser disputado até o início de setembro para limitar a propagação da covid-19 e, uma vez retomado, orientou que cartões amarelos sejam aplicados caso jogadores cuspam em campo.

"Se há um momento onde prioridades absolutas deveriam ser dadas a assuntos médicos, é agora. Não é questão de dinheiro, mas de vida ou morte", disse DHooghe ao canal inglês Sky Sports News. "Essa é a situação mais dramática que já vivemos desde a Segunda Guerra Mundial. Nós não deveríamos subestimá-la, precisamos ser realistas", acrescentou.

Já há movimentos em alguns países da Europa pela retomada em breve de seus campeonatos nacionais. Esses são os casos de Alemanha, que pensa na volta dos jogos já em maio, e na Inglaterra, com previsão parta junho. Ao contrário do que já fizeram Holanda e França, onde seus governos já determinaram que eventos esportivos não podem ser realizados até setembro.

No Brasil, o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa, destacou na última segunda-feira o futebol como um setor que deve voltar em breve, com a realização de jogos a portões fechados. No mesmo dia, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que será avaliado um pedido para o retorno das competições no país.

DHooghe disse que ainda é muito cedo para que jogadores estejam em contato próximo, pelo menos enquanto as regras de distanciamento social estejam em vigor. "O mundo não está pronto para o futebol competitivo, eu espero que isso possa mudar muito rapidamente e espero sinceramente. Hoje precisamos de mais paciência", afirmou.

"O futebol só pode ser possível se o contato for possível novamente. O futebol continua sendo um esporte de contato e contato é uma das primeiras coisas que todos dizem que precisamos evitar", completou o médico da Fifa.

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