O governo da Catalunha fala agora que há 465 feridos por causa de confronto com a polícia e a Guarda Civil, que tentam evitar ao longo de todo o dia o plebiscito sobre a independência da região da Espanha. Mais cedo, o número era de 337 pessoas machucadas. A atuação tem se dado, de acordo com o jornal El País, nos locais de votação da consulta pública, considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional.
Desse total, dois estariam em condições mais graves: um ferido no olho com bala de borracha e outro idoso que sofreu um enfarte antes de uma ação policial para evacuar uma escola onde a votação estava ocorrendo. Balas de borracha não são mais usadas na Catalunha desde 2014, mas o policiamento da região foi reforçado com tropas de outras localidades da Espanha. Fontes da polícia informaram ao periódico que 90 pontos de votação foram fechados ao longo do dia.
Cravos
Ao longo do dia, foram distribuídos cravos nos locais de votação para simbolizar a “liberdade pretendida”, numa ação inspirada pelos portugueses, que também distribuíram as flores em “25 de abril” de 1974, quando conquistaram a “Revolução dos Cravos”.
Catalães reportaram à imprensa local que manter a região ligada à Espanha é uma forma de repressão como a dos tempos do ditador Francisco Franco e que a pressão inclui a falta de respeito pela língua e cultura local.