O governo da Turquia classificou como “ridículos e infundados” os relatos de que autoridades do país possam ter discutido o sequestro de clérigo islâmico Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos.
Na sexta-feira, o Wall Street Journal reportou que, o conselheiro especial Robert Mueller estava investigando o suposto plano, que envolve o ex-assessor de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, e seu filho. Supostamente, eles receberiam US$ 15 milhões para remover Gulen à força e entregá-lo a Ancara.
O governo de Recep Tayyip Erdogan, na Turquia, culpa Gulen pela tentativa de golpe militar do ano passado. Gulen nega as acusações.
Em uma declaração no Twitter, a embaixada turca em Washington reiterou pedidos para que EUA extraditem Gulen, para que ele possa ser julgado. A embaixada disse que a Turquia vem trabalhando com agências americanas para fornecer evidências da culpabilidade de Gulen e rejeitou “alegações de que a Turquia recorreria a meios ilegais”.
Autoridades turcas disseram que entregaram evidências do envolvimento de Gulen na tentativa de golpe a autoridades americanas. Cerca de 50 mil pessoas estão presas na Turquia e mais de 100 mil funcionários públicos foram demitidos por supostas ligações com o Gulen. Há dúvidas de que Gulen vai ter um julgamento justo na Turquia. Fonte: Dow Jones Newswires.