O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou há pouco em sua conta no Twitter que assinou a lei fruto do acordo para estender o teto da dívida do governo. Com isso, interrompe-se a paralisação parcial (“shutdown”) das atividades da administração, iniciada à zero hora de hoje (hora local). Ele lamentou, porém, que os republicanos tenham tido de ceder em alguns gastos que não queriam, mas argumentou que isso foi necessário para ampliar o investimento nos militares.
“Acabei de assinar a Lei. Nossos militares estarão agora mais fortes que nunca”, afirmou Trump. “Nós amamos e precisamos de nossos militares e damos tudo a eles – e mais. Isso aconteceu pela primeira vez em muito tempo. Isso significa EMPREGOS, EMPREGOS, EMPREGOS!”, escreveu o presidente americano.
Ainda segundo ele, sem o apoio de “muitos republicanos no Congresso”, a liderança governista foi forçada a ceder em gastos “em coisas que não gostamos nem queremos”, para conseguir aumentar a verba das Forças Armadas. “Infelizmente, nós precisamos de alguns votos democratas para passar. Precisamos eleger mais republicanos na eleição de 2018!”, disse.
Mais cedo, o Senado e a Câmara aprovaram o acordo orçamentário de dois anos e um projeto de gastos de curto prazo, que garante o funcionamento do governo até 23 de março. Com isso, a paralisação do governo durou poucas horas, no segundo episódio do tipo em três semanas.
Trump disse que os gastos não militares nunca diminuirão nos EUA, caso não sejam eleitos mais republicanos a partir deste ano. Ele qualificou a lei como uma “grande vitória” para os militares, mas também disse que houve “muito desperdício” para garantir votos da oposição democrata. O presidente ainda comemorou o fato de que o programa de regularização de jovens imigrantes sem documentos (DACA, na sigla em inglês) não foi incluído na versão final do projeto. Ele disse que as negociações desse tema “começam agora!”.