O governo chinês pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira que evite interromper a relação comercial entre os dois países e negocie acordos sobre as questões de aço e alumínio. Ontem, disse estar “considerando todas as opções” para responder às denúncias de que aço e alumínio chineses sendo vendidos a preços excessivamente baixos estão ameaçando o mercado de trabalho americano.
Segundo o ministro do Exterior da China, Geng Shuang, o comércio entre EUA e China é “mutuamente benéfico” e discordâncias são inevitáveis. Para Shuang, todos os governos “não deveriam poupar esforços para evitar impactos negativos” sobre a recuperação global.
“Deveríamos enxergar essas diferenças de um jeito razoável e objetivo e lidar com elas de forma apropriada por meio de diálogo, seguindo o princípio de respeito, igualdade e benefícios mútuos”, disse Shuang.
O governo Trump elevou as tarifas sobre papel alumínio e aço inoxidável feitos na China para compensar o que Washington chama de subsídios impróprios. No mês passado, Trump também aprovou o aumento de impostos sobre painéis solares e máquinas de lavar roupa chineses.
Aço e alumínio estão entre as atividades que Pequim está tentando reduzir o excesso de capacidade de produção, que outros governos acusam de inundar seus mercados e ameaçar empregos. Apesar disso, a produção de aço tem subido, enquanto os produtores de alumínio estão montando novas fábricas mais eficientes.
Para Trump, os setores de alumínio e aço estão “sendo dizimados pelo dumping”. Segundo ele, se os EUA entrarem num conflito militar, “nós não queremos estar comprando aço de um país contra o qual estamos lutando”.
O Departamento do Comércio dos EUA anunciou no dia 1º de novembro que iria investigar se os produtores chineses de alumínio receberam subsídios indevidos do governo. A parta estima que os preços estão entre 50% e 60% abaixo do nível apropriado. Fonte: Associated Press.