Um grupo de diplomatas que trabalhava na embaixada da Rússia em Washington deixou o local neste sábado, segundo informações da agência russa de notícias Tass. A previsão é de que todos os 60 diplomatas russos que atuavam na capital dos Estados Unidos embarquem em um voo com destino a Moscou neste sábado à noite.
O fato é mais um capítulo do caso de envenenamento do ex-informante russo do serviço de inteligência britânico, Sergei Skripal, e sua filha, em Salisbury, no sul da Inglaterra, em 4 de março. Ambos foram envenenados por uma substância neurotóxica da era soviética e seguem internados no Reino Unido. Oficiais britânicos dizem que ela está se recuperando, mas seu pai, de 66 anos, permanece em condição crítica.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, tem culpado a Rússia pelo ataque aos Skripals – o Kremlin nega a acusação. May recebeu forte apoio dos Estados Unidos e de aliados na Europa, que aceitam a versão britânica de que o governo russo foi o responsável pelo ataque.
De acordo com o governo dos Estados Unidos, dos 60 diplomatas, 48 eram funcionários da embaixada da Rússia em Washington e 12 faziam parte da missão do país para a Organização das Nações Unidas (ONU).
Enquanto isso, em São Petersburgo, na Rússia, enviados norte-americanos retiraram a bandeira dos EUA do lado de fora do Consulado do país na cidade e fecharam o escritório. Hoje era a data limite imposta pelo governo russo, há dois dias, para o fim das atividades no local.
Mais cedo, o Ministério de Relações Exteriores da Rússia divulgou uma lista de perguntas dirigidas aos governos do Reino Unido e da França referentes ao caso, questionando o envolvimento da França na investigação.
Também neste sábado, o governo britânico informou que considera um pedido da Rússia para ter acesso a Yulia Skripal, filha do ex-informante russo do serviço de inteligência britânico, Sergei Skripal. O departamento de Relações Internacionais do Reino Unido disse que está revisando a solicitação, “em linha com nossas obrigações com as leis domésticas e internacionais”, já que Yulia é cidadã russa. A avaliação irá considerar os direitos e desejos dela, acrescentou o departamento. Fonte: Associated Press.