O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que autoridades americanas anteriores são as culpadas pelas relações comerciais ruins com a China, e não o país asiático. “A China roubou os EUA com suas práticas comerciais”, alegou o republicano, notando que as práticas comerciais de Pequim provocaram uma “retirada de riqueza como ninguém jamais viu”. Os comentários de Trump vêm na esteira de uma reunião em Washington entre autoridades chinesas e autoridades americanas sobre comércio.
Em encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, Trump afirmou que o “roubo” cometido pela China contra os EUA “não vai mais acontecer”. Ele também comentou que o gigante asiático poderia estar influenciando o líder norte-coreano, Kim Jong-un, à medida que Pyongyang ameaça não comparecer a uma reunião com Trump. “Vamos ver o que acontece. Se a reunião acontecer, aconteceu. Se não acontecer, não aconteceu”, resumiu Trump em comentários rápidos feitos a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. O presidente, no entanto, ressaltou que a conversa com Pyongyang pode ser bem-sucedida.
Sobre as relações comerciais entre EUA e União Europeia, Trump comentou que o bloco tem sido “terrível” para os americanos no comércio, mas garantiu que “isso não vai mais acontecer”. Além disso, ele afirmou gostar do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, mas ressaltou que eles são bastante “duros” no comércio, embora Trump tenha sinalizado que também é. A fala de Trump sobre os dois líderes ocorreu após ele ser questionado sobre comentários feitos por Tusk na quarta-feira. O líder europeu comentou que as atitudes do presidente americano têm sido “egoístas” e “caprichosas”.
Também na reunião com Stoltenberg, Trump voltou a dizer que o acordo nuclear internacional com o Irã é “algo ridículo” tanto para os EUA quanto para o mundo. De acordo com o presidente americano, os países devem demonstrar comprometimento com a Otan, “que está mais forte com os esforços americanos” para que a contribuição de países europeus aumentasse. No entanto, o republicano voltou a criticar a Alemanha, dizendo que o país comandado pro Angela Merkel deveria ampliar os gastos com a organização.