Internacional

Pompeo diz que diplomata dos EUA na China apresentou sintomas de ataque sônico

Um funcionário do governo americano alocado na cidade de Guangzhou, na China, relatou sintomas anormais envolvendo som e pressão, informou o Departamento de Estado nesta quarta-feira, 23. Diplomatas americanos em Cuba relataram situação semelhante no ano passado. Em comunicado enviado aos cidadãos americanos na China, o Departamento disse não saber o que causou os sintomas do funcionário.

“Um funcionário do governo dos EUA na China relatou recentemente sensações sutis e vagas, mas anormais, de som e de pressão”, diz o texto. “O governo dos EUA leva a sério esses relatórios e informou a sua equipe oficial na China sobre esse evento.” O comunicado acrescentou que nenhuma outra situação semelhante foi relatada na China e não identificou o funcionário afetado ou a data em que os sintomas foram detectados.

O Ministério das Relações Exteriores da China e a Comissão Nacional de Saúde não se posicionaram imediatamente sobre o relatório americano.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que as observações médicas do funcionário em Guangzhou “são muito semelhantes e totalmente consistentes com as indicações médicas dos americanos que trabalham em Havana” e informou que uma equipe médica foi enviada à China.

A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, afirmou que a embaixada americana descobriu na última sexta-feira sobre as condições clínicas do funcionário durante testes médicos, e que sua condição era semelhante a de pacientes com traumatismo craniano leve, estado comumente conhecido como concussão. O resultado dos testes é o mesmo obtido pelos médicos que trataram os pacientes de Cuba.

O funcionário de Guangzhou começou a apresentar os sintomas no final de 2017, disse Heather. A condição continuou até abril e, depois, ele foi enviado aos EUA para testes adicionais. Em Cuba, os americanos apresentaram uma série de doenças, principalmente depois de escutarem um som incomum. Para a maioria, os sintomas aconteceram por volta de maio de 2017. Segundo Pompeo, os resultados da investigação sobre os incidentes em Cuba devem ser apresentados na próxima semana.

Em outubro, o Departamento de Estado ordenou que funcionários não essenciais da embaixada e suas famílias saíssem de Havana, argumentando que os EUA não poderiam protegê-los das doenças inexplicáveis que afetaram ao menos 24 cidadãos americanos. Os sintomas, sons e sensações variavam dramaticamente de pessoa para pessoa. Alguns tiveram perda auditiva permanente ou concussões, enquanto outros sofreram náuseas, dores de cabeça e zumbidos. /

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