O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou de um evento nesta sexta-feira na Casa Branca com a presença de vários familiares de pessoas mortas por imigrantes ilegais. Segundo Trump, esses episódios são uma clara mostra da necessidade de proteger as fronteiras, privilegiando pessoas qualificadas para vir viver no país. “Queremos fronteiras fortes, com imigrantes vindo de maneira apropriada ao país”, comentou.
Durante grande parte do evento, Trump convocou pessoas para relatar seus dramas, como o de uma mãe que perdeu o filho morto por um imigrante ilegal ou um pai que teve a filha estuprada e morta por outro ilegal. “A oposição não fala sobre a destruição dos imigrantes que não deveriam estar aqui”, disse o presidente. “No fim das contas, conseguiremos ter um país seguro”, prometeu.
O governo organizou o evento no momento em que Trump tem sido alvo de várias críticas pelo fato de que pais e crianças estavam sendo separados, o que levava menores a ficarem detidos sem seus pais. Uma familiar presente comentou que, para ela, a culpa disso não é do presidente, mas dos pais que decidiram entrar ilegalmente no país. Diante da repercussão negativa desses casos, Trump emitiu um decreto nesta semana determinando que as famílias permaneçam detidas juntas, enquanto os adultos respondem processo para eventual deportação.
Além disso, o presidente tem enfatizado a necessidade de se aprovar uma reforma imigratória mais dura, que inclua a construção de um muro na fronteira. Poderia haver uma votação de uma reforma hoje na Câmara dos Representantes, mas os congressistas decidiram adiar a tentativa para a próxima semana. Mais cedo no Twitter, Trump argumentou que os republicanos devam parar de “perder tempo” com esse projeto e esperar a eleição de novembro, quando a maioria governista poderia ser ampliada. Na opinião do líder americano, os democratas não mostram um compromisso para reformar o sistema atual.
“Essas são histórias que os democratas, fracos em imigração, não querem ouvir nem falar a respeito”, disse Trump, em meio aos relatos trágicos dos parentes. O presidente também criticou os governos das chamadas “cidades santuários”, onde não há perseguição de autoridades locais a imigrantes ilegais. O governo federal ameaça restringir verbas para essas cidades, de modo a pressionar as autoridades a agir com mais força em relação ao tema.