Internacional

Turquia: candidatos buscam atrair votos antes de eleições deste domingo

Candidatos na Turquia buscaram atrair a atenção dos eleitores nos últimos eventos antes das eleições presidenciais e parlamentares deste domingo. Falando em cinco comícios diferentes em Istambul, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu aos cidadãos que votassem e listou os hospitais e instalações de transporte construídos durante o seu período no cargo como prova de liderança. “A presidência requer experiência”, disse Erdogan, que lidera a Turquia desde 2003 como primeiro-ministro e desde 2014 o primeiro presidente eleito diretamente do país.

Erdogan, de 64 anos, convocou as eleições mais de um ano antes do previsto em uma tentativa de inaugurar uma presidência executiva com amplos poderes. Ele disse que o novo sistema trará estabilidade e prosperidade para a Turquia, mas críticos alertam que ele pode levar a um “governo de um homem só” em meio a sinais de problemas na economia.

Mais de 59 milhões de cidadãos turcos, incluindo cerca de 3 milhões vivendo no exterior, podem votar nas eleições deste domingo. É a primeira vez que votarão para presidente e para o Parlamento ao mesmo tempo – mudança aprovada no ano passado em referendo que mudou o sistema de governo da Turquia.

Seis candidatos concorrem à presidência e oito partidos apresentaram candidatos a 600 assentos parlamentares. Cinco desses partidos também concorrerão como parte de duas alianças concorrentes: a “Aliança do Povo”, do partido governista de Erdogan e um partido nacionalista, e a “Aliança da Nação”, liderada pela principal sigla de oposição secular, um partido nascente de centro-direita e um partido de inclinação islâmica.

O principal oponente de Erdogan, Muharrem Ince, do secular Partido do Povo Republicano, atraiu milhares de simpatizantes para um comício neste sábado em Istambul. “Erdogan, você está indo embora!”, disse Ince, chamando o presidente de “fascista”. Ince prometeu aos eleitores um Judiciário independente e advertiu que um “regime de medo” continuaria se Erdogan fosse reeleito, prevendo que os mercados financeiros seriam abalados e que a moeda nacional, a lira, cairia ainda mais. Fonte: Associated Press.

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