A permanência de Angela Merkel como chanceler da Alemanha se tornou ainda mais incerta depois de o ministro do Interior do país, Horst Seehofer, ter rejeitado o acordo sobre imigração firmado entre os líderes da União Europeia na última sexta-feira.
O pacto havia reavivado as expectativas na Alemanha de que o partido de Seehofer, a União Social-Cristã (CSU, pela sigla em alemão), e a sigla aliada, União Democrata-Cristã (CDU) – de Angela Merkel -, fizessem as pazes.
Porém, segundo membros do CSU, em reunião a portas fechadas, Seehofer classificou o acordo da UE como “insuficiente”, não atendendo as condições que ele havia proposto para adiar o fechamento das fronteiras alemãs.
Há duas semanas, o ministro, que ameaçava romper a coalizão de governo, havia dado um ultimato: Merkel teria 15 dias para negociar um acordo com a União Europeia que limitasse a chegada de imigrantes ao país.
Os comentários de Seehofer sobre o acordo parecem conduzir o país europeu a uma crise concreta de governo. Se Merkel demitir Seehofer e encerrar a aliança de quase sete décadas entre os partidos, sua coalização ficaria sem maioria no parlamento.