O Facebook afirmou nesta terça-feira que encontrou evidências de interferência política e coordenada fora dos Estados Unidos em sua plataforma antes da eleição presidencial americana de 2016 que envolveu o uso de dezenas de perfis e páginas falsas em sua plataforma. A empresa anunciou que removeu 32 páginas e contas do ar por estarem envolvidas em “comportamento não autêntico” na plataforma. O assunto já havia sido divulgado a congressistas americanos enquanto a companhia investigava a possibilidade de interferência eleitoral.
“Ainda estamos nos estágios iniciais de nossa investigação e não temos todos os fatos, incluindo quem pode estar por trás disso”, disse o Facebook em um post nesta terça-feira. “Mas estamos compartilhando o que sabemos hoje, dada a conexão entre esses maus atores e protestos que estão planejados em Washington na próxima semana. Vamos atualizar este post com mais detalhes quando os tivermos, ou se os fatos que temos mudarem”, acrescentou a companhia comandada por Mark Zuckerberg.
O Facebook afirmou, ainda, que “quem configurou as contas foi muito longe para obscurecer as verdadeiras identidades”. Além disso, a companhia informou que as interferências se assemelhavam a atividades russas na plataforma durante a campanha presidencial americana de 2016. De acordo com o Facebook, houve tentativas de manipular a plataforma também após as eleições de 2016, inclusive na época das manifestações racistas em Charlottesville, Virgínia, no ano passado.