Internacional

Com protestos, Catalunha lembra um ano do referendo de independência

Ativistas separatistas da Catalunha bloquearam as principais rodovias, linhas de trem e avenidas da região nesta segunda-feira, 1º de outubro, data que marca um ano desde que o referendo para um Estado catalão independente foi realizado e, em seguida, banido pelas autoridades espanholas.

Os protestos foram convocados por aplicativos de mensagens de celular e organizados pelos Comitês para a Defesa da República, grupos de ativistas locais que surgiram após outubro de 2017.

Em Girona, no norte de Barcelona, centenas de ativistas ocuparam as linhas férreas de alta velocidade, enquanto a polícia regional tentava impedir mais manifestantes de entrar na área da estação. Um grupo de manifestantes invadiu os escritórios da delegação do governo central e derrubou a bandeira nacional da Espanha na cidade.

No centro de Barcelona, centenas de estudantes universitários e de ensino médio realizaram uma marcha pacífica, gritando palavras de ordem em apoio a uma república Catalã independente e segurando uma faixa com os dizeres “Não esqueceremos, tampouco perdoaremos”.

Por toda a Catalunha, a população fez um minuto de silêncio ao meio-dia para marcar o aniversário do referendo e chamar atenção para a violência policial usada para repreender a votação.

O líder separatista Carles Puigdemont disse que os catalães devem permanecer unidos em sua busca de se separar da Espanha. “Não nos deixemos afastar da única maneira possível de vivermos em uma plena democracia: A república (catalã) e seu reconhecimento internacional”.

Puigdemont fugiu para a Bélgica poucos dias depois de a declaração de independência ter sido aprovada no Parlamento regional catalão, em outubro de 2017, mas rejeitada pela Espanha. Desde então, transformou uma acusação da Suprema Corte Catalã contra ele em uma plataforma para defender os direitos de autodeterminação na Europa.

O líder é procurado na Espanha sob acusações preliminares de rebelião. Até agora, ele lutou para não ser extraditado para a Espanha na Alemanha e na Bélgica. Fonte: Associated Press

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