O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta quinta-feira que soube antecipadamente que ocorreria a prisão da executiva chinesa Meng Wanzhou, diretora financeira da gigante de telecomunicações Huawei. Trudeau disse, porém, que a decisão foi das forças de segurança, sem qualquer interferência política no caso.
Wanzhou e a Huawei são suspeitos de atuar para a evasão de divisas para que o Irã contornasse sanções impostas pelos EUA e a executiva foi detida no sábado por autoridades canadenses, a pedido de autoridades americanas. Mas o episódio pode também complicar mais as divergências comerciais entre Pequim e Washington.
O Ministério das Relações Exteriores chinês exigiu que o Canadá liberte Meng, filha do fundador da Huawei. Ela pode ser extraditada para os EUA.
Trudeau afirmou que seu governo respeita a independência do Judiciário e que não há envolvimento político no caso. Ele disse ainda que há uma proibição de se publicar material sobre o processo neste momento e que não poderia falar mais, portanto. O premiê comentou ainda que não teve conversas diretas ou indiretas com a China sobre o caso. Fonte: Associated Press.