A polícia colombiana apreendeu 3 toneladas de maconha que estavam em dois caminhões que circulavam nos arredores de Bogotá, na quinta-feira, 27. A operação foi realizada após a denúncia de um traficante, que entregou o próprio bando. Em 2018, autoridades apreenderam 203 toneladas de maconha, o que significa um aumento de 32% com relação ao ano anterior.
O ministro do Interior, Guillermo Botero, disse ontem que 87.571 hectares de cultivos ilícitos foram destruídos este ano na Colômbia – dos quais 60 mil foram arrancados manualmente e 27 mil foram substituídos por produtos legais.
Desde que assumiu a presidência, em agosto, Iván Duque intensificou a luta contra as drogas, que tem como base quatro pilares: combate ao consumo, ataque à oferta, desarticulação das organizações criminosas e substituição do mercado ilícito por atividades legais.
Muitos analistas, porém, questionam a eficiência da abordagem. Segundo informe da DEA (agência antidrogas dos EUA), de novembro, o preço da cocaína colombiana nos EUA cresceu 60% nos últimos três anos.
A causa, segundo os americanos, estaria ligada a uma queda dos preços entre 2014 e 2016. A alteração teria causado um incremento de 12% no consumo, que teve impacto no atual crescimento da área cultivada na Colômbia, responsável por 93% da cocaína consumida nos EUA.
Hoje, o preço do grama nas ruas de Nova York varia de US$ 100 a US$ 200. Dificilmente um cultivo legal daria o mesmo lucro a produtores e exportadores – o grama de ouro, por exemplo, fechou ontem cotado a US$ 40,80, bem menos do que a mesma quantidade de cocaína.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.