Apesar de afirmar que não é a política do seu governo pedir à União Europeia a extensão do Artigo 50 do Tratado de Lisboa e, assim, o adiamento da data do Brexit, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta quarta-feira a parlamentares britânicos que o bloco só aceitaria essa possibilidade se houvesse um plano “claro” em direção a um acordo aceitável para Bruxelas.
A líder do Partido Conservador participou durante a manhã (pelo horário de Brasília) da sessão semanal regular de perguntas e respostas na Câmara dos Comuns. Pouco depois das 11h, o Parlamento iniciou o debate sobre a moção de desconfiança apresentada pelo Partido Trabalhista contra o governo de May, que culminará em uma votação, por volta das 17h.
No dia seguinte à acachapante rejeição da Câmara dos Comuns britânico ao seu acordo do Brexit por 432 votos a 202, a primeira-ministra afirmou que as duas possibilidades para evitar um cenário de separação abrupta da União Europeia são aprovar os documentos que ela negociou ou revogar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, cancelando todo o processo. “Mas este governo não vai fazer isso”, garantiu.
A líder do Partido Conservador argumentou que quer identificar as demandas de parlamentares que podem ser atendidas para que o acordo do Brexit obtenha apoio majoritário no Legislativo.