Uma fonte do Ministério Público da Venezuela informou ontem que estavam sendo investigadas seis mortes ocorridas durante os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Horas depois, o governo do Estado de Táchira informou que outras duas pessoas tinham morrido nessa região.
A procuradoria confirmou à agência EFE que no Distrito de Sucre, no oeste de Caracas, duas pessoas morreram “em fatos que não envolvem funcionários de ordem pública”. As mortes estavam sendo investigadas por promotores designados para o caso.
O Ministério Público está averiguando quatro mortes registradas “durante saques” que ocorreram no Estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, nas quais a entidade regional registrou várias manifestações contra o governo de Maduro.
Uma das vítimas foi identificada como Alixon Pizani, de 16 anos. Ele foi ferido com arma de fogo na terça-feira à noite no Distrito de Catia, em Caracas, mas não resistiu, informou ontem o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS).
Meios de comunicação locais asseguram que as vítimas do Estado de Bolívar também receberam disparos enquanto participavam de saques.
A governadora de Táchira, Laidy Gómez, indicou em sua conta no Twitter que cinco pessoas receberam disparos, e duas delas morreram após apresentar “ferimentos na região do tórax e na axila”.
Os incidentes violentos de Táchira, na fronteira com a Colômbia, ocorreram ontem em meio a um protesto antigoverno na capital, San Cristóbal, que tinha sido convocado pela oposição para assinalar a “ilegitimidade” de Maduro. A região é fortemente opositora.
Os manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e disparos de balas de borracha para dispersar a multidão.
Centenas de milhares de venezuelanos saíram ontem às ruas em todo o país para protestar contra o regime de Nicolás Maduro. (Com agências)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.