O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou suas primeiras horas no Japão para esquecer os problemas domésticos e relaxar. Depois de uma partida de golfe e de comer um cheese burguer duplo, ele se juntou ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para acompanhar lutas de sumô na noite de Tóquio.
O estádio Ryogoku Kokugikan estava lotado, com 11 mil espectadores, a maioria sentada de maneira disciplinada em pequenos tapetes, torcendo para seus lutadores favoritos, gigantes barrigudos vestidos de tanga, trombando uns nos outros com uma força que desafia a física.
Trump sentou em uma cadeira confortável – aparentemente, uma concessão dos organizadores ao visitante ilustre. Volta e meia perguntava a Abe ou recorria a algum assessor para entender o que estava acontecendo no círculo de areia, conhecido como “dohyu”, onde acontecem os duelos.
Durante a maior parte do tempo, a atenção da multidão se voltou para os heróis lutadores – e Trump se tornou um coadjuvante na noite. No fim, ele voltou a recuperar os holofotes durante a premiação. O presidente entregou um troféu ao ganhador, Asanoyama, um lutador de 25 anos que era praticamente um desconhecido. A taça de gosto duvidoso, chamada de “Taça do Presidente dos EUA”, foi produzida em território americano e tem 1,37 metros de altura, com uma águia no topo – o presidente teve de receber ajuda para erguer o troféu.
Política
No domingo, 26, quando falou de política, Trump pareceu contradizer seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, que no sábado havia criticado dois testes de mísseis de curto alcance realizados em maio pela Coreia do Norte. “A Coreia do Norte lançou algumas armas pequenas, o que incomodou alguns no meu país e em outros países, mas não a mim”, disse o presidente, que ainda acredita poder desnuclearizar a Península Coreana na base da diplomacia pessoal.
Depois de se reunir com o novo imperador japonês, Naruhito, Trump disse que os Estados Unidos e a Coreia do Norte mantém “grande respeito” mútuo. Ele também falou sobre o Irã antes de uma reunião com Abe, que estaria preparando uma viagem a Teerã. “Eu sei que o primeiro-ministro (Abe) está perto dos líderes iranianos. Ninguém quer que algo terrível aconteça, especialmente eu”. (Com agências internacionais).