O julgamento de Renato Garembeck Archilla está previsto para durar três dias. Ele será presidido pela juíza Débora Faitarone, presidente do 1.º Tribunal do Júri. Para o promotor Felipe Zilberman, há provas que mostram que o crime foi motivado unicamente por questões financeiras.
Renato e o pai, Nicolau Archilla Messa, não queriam, em hipótese nenhuma, dividir a herança da família com a publicitária Renata Guimarães Archilla. “Ela nunca foi aceita pela família paterna, que a rejeitou firmemente”, diz Zilberman. “Foi preciso que ela, desde a infância, travasse uma batalha judicial para que a paternidade fosse reconhecida e o pagamento das pensões alimentícias acabasse efetuado. Foi uma batalha de décadas.”
Segundo a acusação, o ex-policial militar José Benedito da Silva – condenado pela tentativa de assassinato – tinha em sua agenda o telefone fixo da fazenda de Messa. Para as investigações, essa é apenas uma das provas que ligam o assassino aos réus. Renato e Nicolau chegaram a ser presos, em agosto de 2008, mas foram soltos dois meses depois, por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O advogado Rodrigo Fenzi Ribeiro de Mendonça, que defende o acusado, afirma que seu cliente é inocente e foi a vítima que nunca quis contato com a família. “Não há nos autos nenhuma prova, nada, que ligue o réu aos fatos. Sobre o telefone na agenda do executor, a fazenda vende cavalos e o telefone fixo é divulgado em toda a cidade. Nunca houve contato entre eles. Temos convicção da negativa de autoria.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.